É possível recomeçar

Neste espaço serão postados textos que faço durante meus momentos de descontração, momentos pelos quais exponho no papel minhas considerações, meus sentimentos.



Dor, ah dor, para que mesmo você existe? Seria uma forma de nos fazer aprender o sentido de viver ou de nos guiar, através do arrependimento, ao amor? Sei que muita gente já passou por uma dor, uns se curam outros não; uns se entregam, outros se renegam; uns aceitam, outros fogem.

A dor de perder alguém pelo qual você depositava toda sua confiança, todas suas fichas, todas suas expectativas de futuro é realmente frustrante e te leva a um total desespero, daqueles inquietativos, intrasigíveis e obscuros. Você passa a não viver tua vida e sim a tentar fazer passá-la para que tua dor suma.

Mas ela não vai embora, ela é persistente, forte, impiedosa. Lhe tortura minuto a minuto te deixando simplesmente louco. Você, de uma forma ensandecida, tenta enfrenta-la e abre a ferida ainda mais. Não se pode enfrentar a dor, ela é muito forte para ser batida somente por você. Teu coração é possuído, teu corpo dominado e tua alma sugada. Sentimos-nos um nada e realmente não somos. A dor nos tira tudo: alegria, satisfação, vontade, sorriso, amor próprio, amigos...

É daí que nossas vidas nos trazem as mais variadas surpresas. Primeiramente porque estamos arrasados, sem perspectivas, sem algum motivo aparente para continuar nossas caminhadas. Começamos a perceber que enfrentar a dor de cara não dá, que temos que fugir da mesma para amenizar nosso sofrimento. Passamos a fazer coisas que não fazíamos há muito tempo, retornamos a aquele passado legal, procuramos amigos antigos, coisas que nos façam se sentir mais, digamos, esperançosos.

Vamos para festas, baladas, bebemos, curtimos, dançamos... neste momento vemos que temos forças e que a dor não é lá assim tão grande coisa, que basta fugir, deixá-la de lado que tua vida vai se encaminhando. E é nestas andanças que você encontra aquelas pessoas chamadas iluminadas, aquelas pessoas que parecem cair do céu somente com a missão de te guiar, de te fazer sorrir, de te mostrar um novo sentido, um novo caminho. Com seus sorrisos cativantes, com suas presenças que contagiam, com aquela espontaneidade que te impressiona, essas pessoas vão te atraindo aos poucos, como um imã, e te deixando extremamente encantado e identificado.

Você passa a querer sair, a querer viver, a querer sorrir. Às vezes estas pessoas até sentem uma dor parecida com a tua e daí os dois vão aprendendo juntos como é bom viver, compartilhar momentos legais, alegres e que a dor, ah... ela simplesmente vai servir como aprendizado para se chegar a cura, cura está tão cobiçada.

Engraçado que, no início, nunca imaginaríamos que pudéssemos voltar a sentir algo mais por alguém, a querer estar perto, a se sentir bem próximo daquela pessoa, pois bem, este momento chega e é de surpresa, tanto que te deixa confuso e meio que sem saber o que fazer, afinal, você ainda está completamente preso a dúvida, a insegurança, ao medo. Teu receio maior é não corresponder, é fazer com que a pessoa sinta o que você sentiu e isso te deixa confuso ao máximo. É como se você voltasse aos seus 13 anos, quando gaguejava para falar com aquela menina linda que te encantava ou dava uma taquicardia ao vê-la. Você volta a ser criança, isso é legal. É como se você ganhasse uma nova vida, uma nova chance para recomeçar, para poder acertar.

E você quer agarrar esta chance, você não quer deixar passar esta oportunidade, todavia, a dúvida te atrapalha. O que fazer? O que dizer? Estas são as perguntas que beiram tua mente. É daí que começa a guerra de braços entre a dor (que já não assusta mais) e essa coisa nova que vem crescendo em você a cada dia. Você não pára mais de pensar, a todo momento vem a tona essa pessoa que está te fazendo bem, que está te mostrando um novo caminho, uma rota de aventuras, desejos e curiosidades. Você a cada dia se sente tentado a ir de encontro a essa rota, porém tua dúvida ainda persiste e te incomoda. E se a pessoa não está na mesma sintonia? E se você puder estar confundindo carência com gostar? De maneira nenhuma você quer que esta pessoa se decepcione com você, afinal, precisa dela, ela é teu combustível, teu estimulante.

É daí que você percebe que o bom mesmo é conhecer mais, é conversar mais, é compartilhar momentos. Nesses encontros, os dois percebem o quanto são afinados, tem gostos e jeitos parecidos. Vão cada vez mais se tornando íntimos, as conversas passam a ser mais constantes e quando você não a encontra, sente falta, nem que seja por somente um dia. Dúvidas vão sendo sanadas, mas outras vão aparecendo. Você começa a se perguntar agora qual o teor do sentimento que une os dois. Amizade? Um gostar? Afinidade? Teu medo agora passa a não querer confundir o que realmente é o que une os dois. E agora? Isso aí o tempo diz. Mas você não quer esperar, sente necessidade de saber logo o que é isso que agora te consome em pensamento.

Você passa a elogia-la, ela também faz. Você diz que a adora, ela também. Você passa a escrever textos inspirados nela e o tempo continua correndo. Você sabe que está tua dúvida pode tanto ajuda-lo como também prejudica-lo e assim, fica agoniado. Porque imagina o lado de lá... E se ela ta gostando de mim? E se ela me vê apenas como amigo? Tua cabeça vira uma loucura, pois você não sabe as respostas, sabe que errando pode perder o que foi construído.

Chega um dia que você não agüenta mais fingir, acha que é bobeira negar a intenção e espera o momento oportuno para deixar teu coração te guiar nessa aventura, aventura esta que pode não ter volta, mas você sabe que há de arriscar para se chegar a estabilidade emocional e simplesmente retirar este peso sentimental que está a tirar teu sono.

O momento chega, coração a mil, uma verdadeira taquicardia está a pulsar em teu coração, suas veias simplesmente transbordam ansiedade. É chegada a hora de abrir o jogo, colocar as cartas na mesa. O que vai acontecer? Isso você não sabe ainda, mas quer descobrir. Ela vem de encontro a você, toda linda, maravilhosa como sempre, com aquele sorriso que te faz ficar encantado, contagiado com tamanha simpatia e beleza.

Você a cumprimenta todo cordial, ainda em estado de êxtase por estar defronte a tal magnitude perfectiva, a abraça com todo carinho, aquele abraço apertado de quem quer bem de verdade, de quem deseja protege-la. Sentados numa mesa, começam a conversar sobre a vida regados a um bom vinho. Você a olha, quer dize-la o quanto a ama, mas e o medo? O que fazer? Uma música começa a tocar e é logo aquela que vocês mais gostam e um convite para a dança surge. Corpos colados, emoções a flor da pele, a boca dela parece ter algum tipo de magnetismo que te faz ficar vidrado e pronto para beija-la, saciar tua vontade, tua ânsia de sentir tamanha satisfação em degustar tal sabor daqueles lábios tão atraentes. Você sente que é o momento, a olha olho no olho e simplesmente a beija.

A partir deste momento teu coração não pulsa, teu sangue não circula, teu pulmão não mais respira, teu corpo só deseja consumir essa paixão desenfreada e inconseqüente, esse beijo consumista que absorve tuas forças e tira teu controle corporal, tua vitalidade esta ali, naquele momento que teu organismo não deseja que acabe nunca mais, mas acaba e com este término vem uma série de dúvidas. Ela olha para você como se não estivesse entendendo o que aconteceu e você a olha tendo a certeza que aquele beijo foi o melhor que você já sentiu e quando você começa a esboçar as primeiras palavras, ela te diz que o que aconteceu não poderia ter acontecido, afinal vocês são amigos. Você explica tudo, abre o jogo, afirma que aquela amizade, aquela admiração foi se tornando cada vez mais forte e palpável, ao ponto de deseja-la.

Você a diz que ela está sendo sua renovação, sua fonte de energia renovável, aquela pessoa que está te fazendo voltar a ter vontade de dar risada, de sair, de simplesmente viver a vida, mas que durante algum tempo tinha receio em demonstrar isso, afinal a amizade entre os dois era vital para sua sobrevivência. E daí que ela afirma sentir o mesmo, que desde quando o viu percebeu que algo de especial vinha dali, a identificação era demais para ser apenas coincidência, mas que também o medo a consumia e assim, beijos e mais beijos surgiram, afinal nascia ali mais uma história de amor que não se deixou ser consumida pela incerteza.

Portanto amigo(a), não deixe que seus medos tomem conta de tuas ações, de teus sentimentos, de tua vida. Um sentimento quando surge ele vem pra valer e não há maneira de fugir por mais que se tente. Decepções amorosas acontecem, você se sente mal, mas muito mal mesmo, você acha tua vida não tem mais sentido, que você é um nada, que tu nunca mais sentirás nada naquele coração que parece petrificado, mas você está errado. Aos poucos, fugindo daquilo que te faz repugnar, você vai encontrando razão para tudo, vai encontrando sentido para o que acontece. Pessoas surgem, umas passam, outras ficam e sempre haverá aquela que te fará abrir os olhos para a realidade, voltar a ser você mesmo, voltar a querer vencer, a se querer. Não deixe essa pessoa escapar por medo, por receio, logo ela que te “ressuscitou”? Não... não deixe.Todos temos o direito de sermos felizes, todavia para isso, basta que busquemos não deixar as oportunidades passarem como o vento. Um coração despedaçado quando se junta é o melhor dos analistas e por isso, ame sem medo, porque nossos corações nunca serão meros coadjuvantes, eles estarão sempre a pulsar em busca da realização, da identificação e claro, da felicidade.


Texto por Pericles Cabral

3 comentários:

Peu.parabéns..... estou muito feliz ..criou coragem hein? rsrsr um bjo meu amor... sucesso p ti...fiz demais por vc...

vai ser sucesso vc vai ver......
Bjos cancelinha..... :)

Nooooossa que tudo... Adorei o espaço, os textos.
Parabéns Peu... Virei visitante assídua agora! Beijo!

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Olá pessoal. Sou o Péricles Cabral, mais conhecido como Peu Cabral. Este blog é o espaço onde dedicarei meus textos sobre os mais variados assuntos, sempre de uma forma particular e centrada na realidade.

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